quinta-feira, 29 de março de 2012

O Absurdo

Imaginando que uma pessoa chegue pra você
e diga que come um bolo de chocolate com ketchup de origem chinesa
e feito de peixe, muito provavelmente isso vai causar estranheza
e possivelmente asco. Mas como você poderá saber se aquela comida
é ruim de fato sem ter ido lá e experimentado? Não seria uma ilusão
a questão da comida causar enjôo?

Vamos visualizar situações rotineiras, em frases pronunciadas
por pessoas nada clichês, totalmente eloquentes e bastante lúcidas:

- Tinha que ser mulher dirigindo mesmo.
- Preto é tudo ladrão.
- Foi Deus quem colocou esse menino no caminho da medicina!

Longe de mim questionar os poderes vocacionais onipresentes do Todo-Poderoso,
mas talvez a vida tivesse menos ódio e fosse mais honesta se, assim como só
saberemos a verdade sobre o gosto de um bolo de
chocolate com ketchup de origem chinesa e feito de peixe ao prová-lo de fato,
assim só enxergaremos as coisas como elas são quando dermos uma
chance a elas.

terça-feira, 27 de março de 2012

Indagações

Uma vida de certezas, é uma vida estúpida?
E uma cheia de dúvidas, é incompleta?

sexta-feira, 2 de março de 2012

A marginalização social das baratas

A princípio qualquer pessoal pode pensar:
- Nossa! Baratas! Que nojo!

Mas se pararmos pra pensar um pouco mais,
qualquer pessoa pode concordar comigo:
baratas também são seres vivos.
E assim, como qualquer ser vivo, eles também
sofrem de exclusão quando nos deixamos
atingir por pensamentos de preconceito ao
associarmos baratas à coisas asquerosas.

No budismo é ensinado que devemos buscar
compaixão com todos os seres vivos, por
menor que seja. Como nessa filosofia uma
pessoa pode de certa forma voltar como um
animal após sua morte. Logo, tratar uma
barata, ou qualquer animal com desrespeito,
às vezes até matando, é simplesmente
inconcebível, pois uma barata poderia ser
algum parente falecido, como uma mãe.

Em nossa sociedade são poucas as pessoas
que acreditam em reviver de certa forma,
mas talvez seja válido tomarmos o exemplo
de uma simples barata pois, mesmo que ela
pareça nojenta, se conseguíssemos ter
compaixão com o menor do seres, tratar
pessoas marginalizadas talvez se tornasse
muito mais trivial.